CAMINHADAS HISTÓRICAS E CULTURAIS ORGANIZADAS E REALIZADAS NAS CORGAS PELO NOSSO CLUBE


Desde a primeira caminhada que o nosso objectivo tem sido lembrar usos, costumes, tradições, Pessoas, sítios e momentos passados nas Corgas. Um dos fins do Clube é mesmo “contribuir para a manutenção e aprendizagem da cultura, costumes e tradições da aldeia, incentivando e promovendo a sua prática e preservação”.

Lembro que a primeira caminhada abordou a temática das fontes (nascentes), muito utilizadas pelos resineiros, na sua faina da resina.

Na segunda, fizemos uma incursão desportiva (exigente), histórica e cultural pelos moinhos (d’água) da ribeira, a jusante da barragem.

A terceira foi designada de caminhada das Minas (d’água). As minas, eram os locais (nascentes) donde provinha a água, para abastecimento da aldeia, antes da construção da barragem.

Na quarta, passamos por alguns dos currais do gado, locais onde as cabras (e algumas ovelhas) pernoitavam.

Na quinta fizemos uma abordagem aos bailes, os quais constituíram ao longo dos anos um importante motivo de convívio e namoricos. Uns mais formais, outros de realização mais improvisada. Uns de índole mais religioso, outros de cariz exclusivamente civil.

A escolha do tema da sexta caminhada às/das aldeias vizinhas, visou lembrar, dar a conhecer e conviver com atuais residentes de algumas das aldeias próximas (Pedintal, Corga do Moinho e Vale da Lousa), com as quais várias gerações da aldeia das Corgas tiveram vidas partilhadas em territórios, recursos, valores e famílias.

Em 2018 fomos “Do Fatelo à cruz de ferro” correspondente à sétima caminhada.
Cinquenta caminheiros (as) percorreram os onze quilómetros em três horas e meia, com algumas paragens previamente programadas. Passamos pela “ponte velha” cuja data provável de construção, terá sido finais do XIX. No “bairro” do Fatelo todo o grupo foi convidado a provar o vinho do Sr. Américo, na sua adega. Ele e a esposa, são os únicos residentes permanentes no Fatelo. Da parte de baixo, vistamos também a casa da família Cristóvão, onde fomos bem recebidos pelo Sr. António, genro do falecido Ti Zé Cristóvão. O seu irmão, foi o ilustre e saudoso corguense, padre Manuel Joaquim Cristóvão (1926-1991),
Seguimos depois para a famosa cruz de ferro, ainda pela antiga estrada de terra batida, que ligava as Corgas a Proença. Consta que quem a mandou fazer (anos 1950) e pagou, foi um carteiro de Proença-a-Nova chamado Catarino.
Os caminheiros tiveram depois a possibilidade de vislumbrar a magnífica paisagem de uma parte do Geoparque Naturtejo, reconhecido pela UNESCO pelo seu património geológico, paleontológico e mineiro. Estas formações rochosas, foram há muitos séculos glaciares e ocupados por dinossauros. Descemos depois encosta abaixo para a Fonte (nascente) Verga das Meias. Esta fonte era muito procurada devido à qualidade da água e à sua frescura. Quer durante a faina da resinagem, ou de passagem para as inúmeras calçadas que existiam nas redondezas. Feirantes e pastores, também a utilizavam.

Aqui estao os "Flyers" das varias caminhadas (cliquem na imagem para ver mais detalhes)

Caminhada Resineiros Corgas 2018
2018 - Caminhada do Fatelo a Cruz de Ferro
Caminhada Resineiros Corgas 2017
2017 - Caminhada das Aldeias Vizinhas
Caminhada Resineiros Corgas 2016
2016 - Caminhada dos Bailes
Caminhada Resineiros Corgas 2015
2015 - Caminhada dos Currais
Caminhada Resineiros Corgas 2014
2014 - Caminhada Minas Agua
Caminhada Resineiros Corgas 2013
2013 - Caminhada Moinhos Agua
Caminhada Resineiros Corgas 2012
2012 - Caminhada das Fontes